Supermercado, trade marketing,
e a Taberá moderna. (Números 11)
Depois de adentrado ao casamento verifiquei em
alguns homens e, principalmente em mim, uma falta de vontade de ir ao
supermercado, shopping center, lojas, qualquer local de compras... Mas,
principalmente no supermercado.
Algumas teorias desenvolvidas por mim mesmo me
irritavam e comprovavam minha própria teoria. No supermercado “AS PESSOAS ESTÃO NO SEU ALTER EGO[1]”
– Andando com seus carrinhos, listas, desejos e vontades e, ao verificar uma
promoção lançam-se desesperadamente sem medir consequência, arrancando nossos calcanhares,
dedos mindinhos, nossa paciência... nossa alegria...
Pois bem, numa dessas caminhadas teóricas - sempre
observando maridos irritadiços, esposas aflitas, crianças desesperadas... filas,
maus humores, stress no estacionamento, angustia com preços, cálculos para não
passar pelo temido “NÃO AUTORIZADO” –
Me constrangi por uma cena... Um pai, brincando com
sua filha sobre quem era mais lindo - se ela ou ele. E de repente alegria de ambos foi
roubada...
Final de mês... Ele tentou passar alguns itens que
somados davam em torno de R$ 60,00 e para compor esta compra, teve que passar
em mais de um cartão juntando alimentação, crédito e débito. Com a fila grande atrás
e sua menina ainda eufórica pelo que o supermercado causa em alguns de nós –
teve experimentado a taberá[i] moderna. Ele a tomou pelo braço e foi bem ríspido. FICA QUIETA!!!!
Ir às compras de supermercado deveria ser alegria
do nosso maná moderno, Deus nos sustendo, permitindo nossa busca pela comunhão
familiar... almoços, jantares... Mas, em alguns momentos a taberá parece tomar
conta da nossa experiência... Seja pelos preços, pela falta de grana mesmo...
e, na maioria dos casos pelo simples fato de reclamação e murmuração... “Mas agora a nossa alma se seca; coisa
nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.”
Não sei... acho que não quero mais reclamar de
supermercado, trade marketing... Que Deus nos perdoe por tanta murmuração sempre.
Marcos Camilo
de Santana ®
[i] TABERÁ É FOGO DO SENHOR... QUE
ESTOU USANDO PARA REFLEXÃO DE RAIVA... Os verbos seguintes, wayyišma‘,
traduzido por “ouviu”, e wayyiḥar apresentado como “se enfureceu”, têm o Senhor
como sujeito. O Senhor “ouviu” e a queixa é forte nos seus ouvidos. Em seguida,
é o mesmo sujeito, o Senhor quem imediatamente se enche de ira. Em wayyiḥar
’appô, há um antropomorfismo: o Senhor é mostrado como homem que escuta, mas
também se enche de ira. O termo hebraico para designar a etiologia do lugar
onde inflamou-se a ira de Deus, Taberá, é dotado de um conceito representativo
exterior, pagão, onde uma representação mostra a ira como fogo que sai pelas
narinas. É como um respirar profundo, de indignação. O termo hebraico ’appô é o
nariz, órgão da ira divina que arde, se incendeia, como apresenta Harrison
(1992, p. 182). Em 11,1cd, temos a ira de Deus materializada no ’ēš o fogo. O
sujeito dos verbos queimar e consumir é o fogo que dá visibilidade à ira divina
em ação. Há um paralelismo climático nesse versículo: começa com o acender-se
da ira divina, depois o queimar com fogo e por fim consumir a extremidade do
acampamento. Essa reação de Deus é vista como o ação do juízo divino na
história.
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