14.8.13

VINTE FINAIS ALTERNATIVOS DA BÍBLIA

Os finais inéditos que estarão disponíveis em Blu-ray, incluindo o final com reviravolta que foi incorporado na cópia definitiva

A primeira exibição da Bíblia para um público ​​teste de teólogos e líderes eclesiásticos não terminou em consenso. Apurou-se que os avaliadores gostaram da obra como conjunto, mas nutrem reservas especialmente quanto ao final.

“Eu esperava um final mais conservador”, opinou um sincero calvinista. “A reviravolta do final, de que no céu não há templo

1 pareceu-​​me pura provocação, coisa verdadeiramente pueril e irresponsável. Quer dizer então que o relativismo tomou conta dos redatores da própria Bíblia? Prefiro sinceramente que o pessoal da minha igreja não seja exposto a uma mensagem ambígua e de viés liberal como essa. Basta A Cabana. Estamos fazendo lobby para que um templo seja incluído na versão final.”
“Simplesmente inadmissível”, um pastor protestante meneava a cabeça. “Deus jamais diria ‘veja como faço novas todas as coisas’, como coloca na boca dele o roteirista
2. Total­mente fora do personagem. Liberdade poética é uma coisa, mas Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Não há quem não saiba que a divindade não muda e não aprova qualquer mudança. Deus não faz nada novo, não teria como fazer, e tem raiva de quem faz. Respeito muito o trabalho da comissão, mas vamos ter que ver isso daí.”
“Ah, eu curti muito, cho­rei muito. Quando ele diz ‘enxugarei de seus olhos toda lágrima’... gente, me arrepia até agora, tá vendo, olha só’,” disse um pastor pentecostal enquanto atualizava seu status no twitter. “Se eu fosse mudar alguma coisa seria a lista dos malditos que são excluídos do paraíso no final; deveria ser mais completa, do jeito que está deixa margem. Ficou faltando um monte: comunistas, gays, ateus, drogados, espíritas, bailarinos, católicos e gente que acredita no aquecimento global.”

A Bíblia está atualmente sendo convertida em 3D para um lançamento global. A versão definitiva, que deve chegar aos cinemas em novembro, contém duas cenas inéditas sobre as quais não se sabe muita coisa, mas o final não deve mudar.
Na exibição de teste foi revelado que, a fim de manter o sigilo sobre a trama, diversos finais alternativos foram filmados

3. Alguns desses estarão disponíveis no disco de extras quando a Bíblia for lançada em DVD e Blu-​​ray:

1 Final Nicholas Sparks: Também conhecido como “ele morre no final”. O Novo Testamento só tem um livro, o evangelho de Marcos, e esse termina no segundo verso do capítulo dezesseis.

2 Final H. P. Lovecraft: Numa via­gem ao oriente, um arqueólogo da Universidade de Miskatonic descobre um antigo exemplar da Bíblia com um livro adicional, depois do Apoca­lipse, escrito numa língua desconhecida. Todos que leem o livro enlouquecem, mesmo sendo o caso que nenhum estudioso consegue reconhecer o idioma em que está escrito. A sobrinha do arqueólogo queima o livro numa fogueira azul, no topo de uma colina, mas já é tarde: as estrelas do céu começam a despencar, uma a uma, e a terra treme com as passadas inconcebíveis de Mhnuath’pleot – a vasta e pesadíssima sombra que usa este mundo como espinha dorsal, e despertou do seu sono.

3 Final Clarice Lispector: “Sou eu, o universo, e concluindo-​​me, esqueci e finalmente despertei. Desfecho-​​me, e assim começo. Sangro, e posso desejar a terrível cura. Paro agora de te escrever, para que continuemos. Esta espera é.”

4 Final Guerra nas Estrelas: Cortes rápidos para os festejos nas capitais de todos os planetas da República. Na festa da vitória na Nova Jerusalém, Abraão diz a Davi: “você é meu filho”. Davi diz a Jesus a mesma coisa.

5 Final Guerra nas Estrelas revisto por George Lucas: Cortes rápidos para os festejos nas capitais de todos os planetas da República. Na festa da vitória na Nova Jerusalém, Abraão diz a Davi: “você é meu filho”. Davi diz a Jesus a mesma coisa. A imagem do ator que interpretou Deus em Gênesis é digitalmente substituída pela do ator que interpretou Jesus nos evangelhos.

6 Final Ray Brad­bury: “Billy che­gou até o topo da colina com Clara, e dali contemplaram muito solenes o entardecer radioso e alaranjado que beijava gentilmente a Nova Jerusalém, fazendo cintilar as gotas de chuva sobre as árvores da praça. Tinham dez anos, e era a eternidade. Passaram a tarde dançando entre as borboletas e pisoteando descalços o riacho que corria em espiral morro acima. Quando finalmente desabaram sobre a relva os dentes-​​de-​​leão reclinaram de bom grado suas espinhas para velar-​​lhes o sono. Acordaram com o apito do trem e sorri­ram. O circo estava chegando.”

7 Final feminista: “Estabelecida a paz, a Deusa disse a Deus: ‘Agora você tem permis­são para sair’.”

8 Final gay: Chove homens. Não há quem não entenda que é o paraíso.

9 Final Dan Brown: Era tudo uma conspiração, mas não aquela do começo.

10 Final Federico Fellini: Um contabilista muito magro e barbudo e uma dona de banca de revistas muito ruiva e gorda estão entediados no nova terra: sentem falta do mar, que foi abolido com outros recursos da versão anterior. Decidem gastar a eternidade criando um mar artificial e recriando, em papelão e papel machê, cada palmo quadrado da Sicília da década de 1950, de que sentem falta. Insatisfeitos, destroem a primeira versão e também a seguinte, repetidas vezes, até produzirem uma versão que consideram perfeita. Estão na praia admirando o seu trabalho quando chega Deus, de traje de banho e com uma cadeira de praia, perguntando porque demoraram tanto. Enquanto admiram a tarde, comendo espaguete com mexilhões e bebendo vinho, passa ao largo um navio enorme e iluminado. Para onde vai e de onde vem ninguém sabe dizer.

11 Final Sigmund Freud: “Acendi o charuto e sorvi com concentração e com hombridade. No divã o crucificado apenas mudou de lugar, pouco à vontade.
‘Fale-​​me sobre o seu Pai’, eu disse, e os olhos dele não perdoavam-​​me a pergunta.”

12 Final Ernest Hemingway: “No reflexo das colunas de jade vi meu próprio rosto barbado e senti falta daquele quartinho de hotel em Cuba, miserável, mas com os confortos do uísque e da privacidade. Dei de ombros. Tirei a camisa e arregacei a barra da calça. Ignorando as celebrações e os fogos de artifício, saí procurando descalço o caminho menos exultante até o bar mais próximo”.

13 Final Friedrich Nietzsche: “A última página do Apocalipse ficou colada à primeira do Gênesis, e quando dei por mim estava lendo há eras e não sabia onde terminar. Entendi que àquela altura não fazia diferença onde eu abrisse o livro: a cada página eu sabia já ter estado ali. Eu era o Super-​​Homem.”

14 Final The Walking Dead: “Depois da ressurreição somos todos tecnicamente mortos-​​vivos, não?”, o adolescente diz ao amigo enquanto jogam um game no sofá. “Falando nisso, o que se come na pós-​​ressurreição?” Apaga com um golpe e acorda com a cabeça guilhotinada pela tv de tela plana. O que ele vê em seguida é seu próprio cadáver decapitado, seu companheiro de games e o jantar dele, mas demora a entender onde começa uma coisa e termina a outra.

15 Final com gancho para uma continuação: Cena depois dos créditos: o diabo está acorrentado no fundo do lago de fogo, mas um guindaste iça sua cela da lava ardente e pousa-​​a sobre a praia de basalto negro. Uma figura de botas reluzentes de cano alto, de quem não vemos o rosto, atira um molho de chaves para dentro da cela. Enquanto liberta-​​se das cadeias vemos o diabo sorrir por entre as grades: “Eu nunca duvidei de que você viria”.

16 Final Franz Kafka: “O questor colocou a letra no escaninho da estante da última sala do último corredor e deu a obra por concluída. A versão cósmico-​​tipográfica da Bíblia, em que cada letra é um mundo com seu lugar próprio numa estante da Biblioteca Universal, estava completa. Então chegou o pombo-​​correio com o memorando, a errata com três ou quatro palavras que deveriam ser substituídas por outras, praticamente equivalentes, no texto inteiro. ‘De novo’, disse o velho questor sem mover os lábios. Teria de gastar eras refazendo seu caminho e reajustando cada uma das letras nos seus escaninhos, de modo a manter o texto justificado e ajustar a paginação. Ele deixou esfriando o prato de sopa que sentara para comer, vestiu o casaco e começou a caminhar até o Gênesis. Antes disso, porém, curvou-​​se para escrever e mandou um novo pombo-​​correio. ‘Até breve’, ele disse.”

17 Final da primeira versão do roteiro: Adão contempla aterrorizado a devastação do Apocalipse. Ele acorda em seguida, febril, com Eva que o chama para um luau nas praias impolu­tas do paraíso. Tinha sido tudo um sonho.

18 Final pós-​​moderno: Encerrados os créditos, a tela sobe e dá lugar a um enorme espelho. A plateia fica olhando para seu próprio reflexo.

19 Final com reviravolta: Esta sequência não só foi filmada, mas incluída na cópia final da Bíblia em Mateus 25:31–46. A reviravolta está em que, no fim dos tempos, os religiosos e convertidos, que estavam certos da própria salvação, são condenados ao castigo eterno. Embora se considerassem especialmente credenciados, recusaram-​​se a agir como Jesus prestando socorro aos despossuídos e necessitados. Os não-​​religiosos que estenderam ao próximo humanidade e misericórdia recebem de surpresa a vida eterna que nunca pleitearam. A cada um é concedido precisamente aquilo que não esperava: os religiosos vão para o castigo eterno, os justos sem religião adentram gostosamente o paraíso. “Sempre que prestaram assistência e demonstraram humanidade a um desses meus irmãos – com fome, com sede, estrangeiros ilegais, nus, doentes ou na prisão – era, sem saber, a mim que o estavam fazendo. Entrem, benditos do meu Pai.”

20 Final comédia romântica: Eva está debaixo da árvore da vida (que é precisamente como a árvore de Natal do Central Park), esperando o táxi que irá leva-​​la ao aeroporto. Adão chega de bicicleta com cestinha, despenteado e esbaforido, precisamente quando o táxi encosta e o motorista coloca a mala de Eva no porta-​​malas.
– As civilizações vieram e foram embora, mas eu nunca, nunca deixei de pensar em você – confessa Adão, ao mesmo tempo em que despe cada peça de roupa. – Talvez seja tarde demais, mas eu preciso te dizer. Você é parte de mim, Eva. Valeu tudo à pena, por causa da nossa história.
– Adão! Achei que eu não significava mais nada pra você.
– Eu fui um idiota, Eva, mas fui o primeiro. Você é o amor da minha vida. Todas as histórias do mundo sonham em ser a nossa, você não vê? Romeu e Julieta estão em algum lugar prendendo a respiração enquanto aguardam a nossa resolução. O primeiro amor é meu e seu, e vou reivindicá-​​lo até o final. Que se creiam todos felizes, mas você e eu sabemos: eles nunca foram nós. Nunca tiveram o que nós temos. Você pode até decidir ir embora, mas o paraíso não merece esse nome sem você. Eu te amo.
E Adão está agora inteira­mente nu.
Ela sorri e cobre-​​o com o casaco. Eva tira do bolso sua Bíblia, e mostra que no livro de Gênesis ela ainda guarda uma flor que Adão lhe deu no paraíso.
– Ainda consigo sentir o perfume.
Por um instante os dois hesitam ali em pé, a um palmo de distância um do outro.
Então beijam-​​se deliberadamente, e a música sobe. O motorista de táxi, que é um anjo, sorri; ele bate a tampa do porta-​​malas e empurra o carro, com mala e tudo, para dentro do lago de fogo. Adão e Eva ainda estão se beijando quando ele se afasta assobiando pela calçada.
E Deus, que está assistindo, enxuga sua própria lágrima.

A última.

by(brabo)


1.8.13

COMO LER A BÍBLIA SEM MUDAR DE PARECER


A Bíblia é muito mais con­ser­va­dora do que nós mes­mos, por isso na inter­pre­ta­ção da Bíblia deve nos guiar e deve­mos sem­pre per­se­guir den­tre as diver­sas inter­pre­ta­ções pos­sí­veis aque­las mais conservadoras.
Porém mesmo os intér­pre­tes mais aus­te­ros e menos libe­rais con­cor­dam que a Bíblia con­tém mate­rial his­to­ri­ca­mente con­di­ci­o­nado – isto é, mate­rial que se a Escri­tura tivesse sido escrita nos nos­sos dias viria dito de forma dife­rente e quem sabe oposta, e que só encontra-​​se regis­trado como está por causa da época remota e da cul­tura par­ti­cu­lar em que foi redi­gido. É neces­sá­rio que pen­se­mos assim, por­que entendendo-​​as como his­to­ri­ca­mente con­di­ci­o­na­das pode­mos inva­li­dar por com­pleto as pas­sa­gens bíbli­cas que con­tra­di­gam ou ame­a­cem a inte­gri­dade (isto é, o con­ser­va­do­rismo) da nossa pró­pria posição.
Como regra geral, pode­mos des­car­tar como his­to­ri­ca­mente con­di­ci­o­na­das quais­quer pas­sa­gens bíbli­cas que nos con­vi­dem ou desa­fiem a uma posi­ção pes­soal ou comu­ni­tá­ria mais gene­rosa, mise­ri­cor­di­osa ou tole­rante, e deve­mos con­si­de­rar como eter­na­mente váli­das aque­las que cor­ro­bo­rem a estrei­teza de nosso pró­prio código com­por­ta­men­tal e social. Por exem­plo, se São Paulo nos diz que as mulhe­res devem per­ma­ne­cer cala­das e sujeitar-​​se em todas as coi­sas ao homem, ou que todas as rela­ções homos­se­xu­ais são ilí­ci­tas, é nossa obri­ga­ção como cris­tãos con­si­de­rar esses jul­ga­men­tos como eter­na­mente váli­dos, ape­sar de sua seve­ri­dade ou, ainda, pre­ci­sa­mente devido a ela. Se o mesmo São Paulo nos diz que Jesus é o sal­va­dor de todos os homens, ou quando São João poe­tiza que Deus é amor ou quando o pró­prio Jesus ver­seja que demos tudo aos pobres e ame­mos os ini­mi­gos e que as pros­ti­tu­tas entram no reino do Céu antes dos reli­gi­o­sos, pode­mos com segu­rança supor que esta­vam falando em lin­gua­gem sim­bó­lica ou a par­tir da limi­tada visão cul­tu­ral do mundo em que viviam, sendo que esse con­texto his­tó­rico res­trin­gia e macu­lava a cla­reza dos seus julgamentos.
Tudo na Bíblia que nos incen­tive a con­de­nar os outros pode com segu­rança ser con­si­de­rado orto­do­xia; tudo que nos incen­tive a mudar a nossa pró­pria posi­ção em dire­ção ao amor (e por­tanto a uma pos­tura liber­tá­ria e à ine­vi­tá­vel per­di­ção) deve ser con­si­de­rado como tendo sido escrito por­que, a par­tir da sua pers­pec­tiva his­tó­rica limi­tada, os auto­res bíbli­cos não enxer­ga­vam as coi­sas com cla­reza sufi­ci­ente para ter arti­cu­lado a ver­dade de forma mais severa e por­tanto inequívoca.
Como se vê, trata-​​se essen­ci­al­mente de tomar aque­las por­ções da Escri­tura que esta­vam cla­ra­mente fada­das a mudar com o tempo (por exem­plo, a per­cep­ção daque­las inte­ra­ções soci­ais que as pes­soas de uma cul­tura con­si­de­ram acei­tá­veis) e tratá-​​las como se fosse imu­tá­veis e eter­nas; e tomar aque­las ideias da Escri­tura que esta­vam cla­ra­mente des­ti­na­das à eter­ni­dade (como a irman­dade uni­ver­sal entre os homens, a con­de­na­ção radi­cal da ganân­cia e a rejei­ção de toda domi­na­ção e vio­lên­cia) e tratá-​​las como se fos­sem sujei­tas ao tempo e não apli­cá­veis a todas as épocas.
Em caso de dúvida, sirva-​​nos de guia a deci­são da assem­bleia no Con­cí­lio Para-​​ecumênico de Vali­nhos: toda inter­pre­ta­ção que nos con­vide à tole­rân­cia é ten­ta­ção satâ­nica; toda inter­pre­ta­ção que nos incite à mes­qui­nhez é meritória.

2.5.13

Fazendo um som.....

http://www.youtube.com/watch?v=ua2tqQPYINI

Antes de domingo


Uma das mais enriquecedoras tardes havia sido a que conversaram sobre o tempo. Enquanto ele balançava lentamente na cadeira, enrolava na mão a bengala encenando o quanto suas palavras carregavam ritmo e tinham a capacidade de embalar os pensamentos de todos.
Falava com autoridade de quem já tinha vivido muito tempo e, mais que isso, tinha vivido muito em cada tempo. Seus olhos transmitiam a densidade de quem não aceitou vir à passeio, mas decidiu protagonizar cada momento.
Dizia que o tempo é implacável, não perdoa e cumpre tudo o que promete. É a realidade mais leal à vida, não se perde, não atrasa, não falha.
Roçando a barba farta e esbranquiçada, fechava os olhos como quem buscava a melhor maneira de explicar seu ponto de vista. Satisfeito com a ideia, se debruçou no apoio sempre presente, inclinou pra frente o corpo, esperando a atenção redobrada de todos, dizendo:
- O tempo é grande amigo, sim grande amigo.
Desfez de uma vez o olhar ansioso de quem imaginava que um velho só poderia dizer que o tempo é ardiloso.
- Todas as sementes que plantei, ele esperou brotar, como uma testemunha de minha existência. É um amigo atento e companheiro.
Riu de si mesmo. Lembrou de muita coisa. Viu a impaciência da infância, a urgência da juventude, o desnorteamento da primeira idade adulta, as pazes feitas com o amigo na velhice. Paciência é a celebração das pazes com o amigo tempo.
- Acontece que eu nem sempre plantei as melhores sementes, que precisaram ser arrancadas depois. Algumas vezes o trauma da terra foi tão grande que espaços do terreno precisaram ser desprezados no próximo plantio.
Lembrou-se também com ternura do quanto o tempo o ajudou a perdoar. Uma decisão é como uma semente que o tempo faz crescer.
Ninguém deve esperar o tempo passar para resolver alguma coisa que pensa não poder dar conta de resolver. Ele, por si só nada pode realizar, ele é apenas o amigo, grande companheiro, que testemunha e legitima cada uma de nossas escolhas.