22.8.09

Filhos de Deus

O Estranho Mundo dos Pequenos Pastores
ENTREVISTA MARTINA KIX
Empresariados pelos pais, em turnê o ano inteiro e cobrando R$900 por um sermão de duas horas, pregadores mirins protagonizam um grande mercado de fé (que conta com ações de marketing sofisticadas, pôsteres, cobertura da mídia e chamadas na rádio). Se você quer que essas estrelas visitem seu templo, ainda precisa desembolsar um sinal mínimo de 150 DVDs religiosos (cerca de R$750) como garantia. Hoje existem 17 mil igrejas evangélicas no Brasil, com mais de 24 milhões de fiéis. Conversamos com os três dos mais famosos pastores mirins do país para ver o que acontece com essas crianças que abrem mão da educação e seguem o caminho lucrativo da palavra de Deus.

Ana Carolina Lucena Dias, 14 anos
Qual foi o primeiro sinal de que você teria uma missão especial com Deus?
Ana:
Quando tinha três anos, fiquei muito doente. Não me lembro exatamente o que aconteceu, mas minha mãe me contou que parei de respirar e que o meu coração parou de bater por alguns minutos. Então Deus mandou um anjo que me salvou. Renasci e comecei uma vida nova. Depois de algumas semanas, já fiz meu primeiro sermão para compartilhar esse milagre, porque queria ajudar as pessoas a também encontrar Deus.
Sua relação com Deus é diferente da que os outros católicos têm?
É meio complicado. Na Bíblia existem pessoas que são "eleitas". Por exemplo, o Sansão, o da Dalila, foi "eleito" por um profeta para ser a voz de Deus na Terra. Tenho certeza de que eu sou um desses tam­bém. Todo mundo reconhece de cara o Espírito Santo e vê que sou diferente das outras crianças porque sou médium e Deus fala através de mim.
Então, de certa forma, estou conversando com Deus agora?
Não. Só quando eu prego é que você ouve a verdadeira voz Dele.
Você tem algum treinamento religioso?
Meus pais não tiveram condição de me colocar na escola, cresci em uma favela. Estudei a Bíblia porque é o livro mais poderoso do mundo e você encontra resposta para tudo naquelas palavras. Além disso, meus pais me ensinaram a ser uma boa menina.
E qual é o papel deles na sua vida?
Eles são mais do que um pai e uma mãe: são amigos, pastores e discí­pulos. Eles preenchem todo o vazio da vida terrena porque estão sempre presentes. Tenho certeza de que Deus os mandou para me ajudar.
O que você faz quando não está pregando? Gosta de coisas que as outras crianças da sua idade também curtem?
A Bíblia diz que não preciso de folga, porque sirvo a Deus o tempo
todo. Você vai descansar quando for abençoado-e essa benção é a da morte. Então vou continuar pregando enquanto estiver na Terra.
Nunca sente falta dos seus amigos?
Ando com as crianças da minha idade na escola, mas enquanto tiver meus pais e Deus, não preciso de mais nada.
Nada de namorado?
Não. Pertenço a Deus.
E o que quer ser quando crescer?
Quero ser juíza federal, e espero ainda ter tempo para pregar a pala­vra de Deus nas ruas e favelas. Espero que Ele esteja sempre presente na minha vida, e de forma tão intensa quanto agora.
Matheus Moraes, 11 anos
Seu nascimento teve algum sinal religioso especial?
Matheus: Nasci no Rio de Janeiro, em 18 de março de 1998, depois de uma promessa. Deus mandou um profeta para a Terra, que con­tou para minha mãe que ela ia ficar grávida logo e que o bebê teria um dom muito especial, ele seria um filho de Deus.
Ela deu atenção a essas palavras?
Ela não acreditou logo de cara, porque nunca rinha conseguido engravidar. Mas, nove meses depois da aparição do profeta, eu nasci.
O que aconteceu na sequência?
Em novembro daquele ano, fiquei doente. Apareceu um vírus no meu pulmão-tive sérios problemas respiratórios e quase morri. Isso fez Deus se lembrar de seu filho perdido. Então, ele mandou o profeta de volta para me salvar.
Com quantos anos você começou a pregar?
Oficialmente, em 2003. Meus pais me contaram que eu murmurava frases da Bíblia quando era bebê-mesmo antes de saber ler. Passei a maior parte da minha infância na igreja e era muito ligado ao pastor. Um dia ele me perguntou se eu gostaria de fazer sermões, então comecei a trilhar esse caminho. Em 2006, fiz mais ou menos 250 sermões no Brasil inteiro.
Já aconteceu algum milagre, ou algo parecido, durante esses sermões?
Quando prego, as pessoas encontram Deus-e uma fé muito forte Nele pode mudar completamente uma vida. Eu me lembro de uma mulher que veio até mim e que quase não conseguia se movimentar. Orei com ela e fiz alguns sermões. Depois de sete dias ela encontrou iluminação e paz.
Você tem muitos fãs?
Tento viajar para o máximo de cidades possível. Toda vez que volto em alguma delas, sempre tem gente com faixas e pôsteres. Também me pedem autógrafo e me dão presentes. A maioria com­pra os meus DVDs, e isso é muito bom porque ganho um dinheiro e dou para os meus pais. Não preciso me preocupar com comida nem roupa. E também uso o que ganho e vou nas favelas levar pão e água para todos.
Parece que você se sente realmente destinado a cumprir um chama­do superior.
Amo o que faço, e a melhor coisa é ver as massas tacadas pela pala­vra de Deus. Meu objetivo na vida é converter o maior número de pessoas possível. Não quero ter medo de todas essas coisas ruins que estão acontecendo no mundo.
Alex Silva, 15 anos Conta para a gente a história do seu nascimento.
Alex: Quando minha mãe ficou grávida, um profeta foi para ela e disse que eu ia ser um instrumento nas mãos de Deus.
E você já está nisso há algum tempo?
Venho pregando desde os nove.
Como é a sua preparação para um sermão?
Todo pastor tem seu ritual. A primeira coisa, para mim, é não fazer nada que me estresse. A segunda é ler a passagem específica da Bíblia que quero discutir. Depois consulto livros religiosos em geral, para saber mais do assunto e pregar melhor. E o quarto passo é sempre pensar muito sobre tudo que leio. Além disso, tento descansar bem antes de um sermão-é o momento em que oro e jejuo para me encontrar com o Espírito Santo.
Existe algum programa especial de treinamento para pastores infan­tis no Brasil?
Nunca tive oportunidade de frequentar aulas de religião. Minha retó­rica, minhas pregações e minha criatividade vêm todas de Deus. Tenho minha própria motivação, o que é mais importante do que uma aula. Mas a questão é que todos começam do mesmo ponto.
Quando é que os milagres entram em jogo?
Você tem que estar ungido para realizar milagres e curas e trazer pes­soas de volta à vida, precisa converter essas almas ao Reino de Deus.
Qual foi o momento mais importante da sua vida até agora?
Vi muitos milagres de outras pessoas porque elas encontraram Deus. Cresci em um ambiente de muita pobreza e minha vida mudou com­pletamente. Deus veio até mim e me deu esse dom de espalhar sua palavra. Fiquei muito famoso em todo o Brasil e até em outros países. Toda vez que vejo alguém chorando por causa dos meus sermões, meu coração fica feliz.
E os seus pais? Qual o papel deles?
Minha mãe sempre foi uma amiga, uma parceira, uma ajudante e um porto seguro. Ela é a base da minha criação, me ajuda em tudo o que faço, me apoia e reza para Deus me abençoar onde quer que eu vá pregar.
E você tem orações próprias ...
Quando oro, converso com Deus. Fico completamente em paz e o Espírito Santo baixa em mim para que minha alma encontre paz. Se você me perguntar quanto tempo duram as minhas orações, digo que normalmente não oro por mais de cinco minutos-mas também nunca fico mais de cinco sem orar. O segredo é sempre conversar com Deus. E o que importa é como você ora.
Quando você não está orando nem pregando, o que faz?
Essa parece ser a parte divertida da entrevista. Quando não estou conversando com Deus, eu assisto à TV, às vezes leio livros ou jogo videogame. Há pouco tempo, comecei a jogar futebol e tênis com o meu amigo Waldir. Ele virou meu professor de tênis, mas para falar a verdade, prefiro futebol. Não sou muito diferente das crianças da minha idade, sou precoce só no meu dom.
Tem namorada?
Como você tem coragem de me perguntar isso? É claro que não.
Antes de subir no palco dá um nervoso?
No começo ficava muito nervoso. Não pela multidão, mas pela res­ponsabilidade espiritual. Sou um portal da voz de Deus na Terra.
Seus DVDs estão entre os mais vendidos. Imagino que deve rolar um bom dinheiro.
A maioria dos DVDs é vendida por aqui, mas quem lucra mesmo é quem pirateia. Também prego muito por todo o país. Ganho, sim, muito dinheiro, mas você precisa levar em consideração que os cus­tos do que faço são bem altos.
Ah, é? Dá um exemplo, por favor.
Para cada sermão em público, uso um terno novo. Compro muitos livros de religião e ainda tenho que pagar pela minha educação e pela minha comida. Além disso, junto com o Waldir, tento ajudar as crianças que realmente precisam, porque elas não têm auxílio ne­nhum do governo ou da igreja. No Natal e na Páscoa, todo mundo ganha presente nas favelas, porque ajudamos os mais pobres.
Qual é seu objetivo de vida?
Muito boa pergunta. Nós estamos em um mundo pessimista e mate­rialista. As pessoas vivem só para trabalhar, para arranjar comida, e arranjam comida para trabalhar mais. Venho trazer amor para todos, quero mudar o mundo. _








19.8.09

Polêmica...

João Alexandre e sua polêmica canção.

É Proibido Pensar!!!

EU Acredito em Vampiros



Eles estão entre nós! Vindos do mundo das trevas são filhos de Drácula, netos de Belzebu, o príncipe dos demônios. Abomináveis criaturas que saem das suas sepulturas para sugar o sangue dos vivos.
Mas não se engane! Desde os remotos tempos bíblicos eles já caminhavam aqui na Terra bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Aterrorizantes e ameaçadores eles se disfarçam com aparência humana andando livremente entre nós para roubar, matar e destruir.
João Batista os chamou de "raças de víboras"; Paulo de "ministros de satanás"; João de "filhos do diabo"; o próprio Senhor Jesus os chamou de "serpentes", e também de "os filhos deste mundo" por causa de suas sagacidade.
Eles são os mestres da enganação! São semelhantes aos sepulcros de mármores branco, exteriormente parecem magníficos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
Você já deve ter ouvido falar de alguns vampiros brasileiros: Zé Vampir, Bento Carneiro, Conde Vlad, Liz Vamp, Bóris Vladescu. Estes não passam de personagens literários para satirizar os defeitos e vícios dos verdadeiros vampiros.
Como a sanguessuga eles nunca se fartam, nunca dizem: basta! Somente: dá e dá. O filósofo alemão Friedrich Engels disse o seguinte sobre eles: "o vampiro não largará a presa enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada".
Podemos encontrar esses seres hematófagos dentro das sinagogas de Satanás espalhadas pelo mundo, que na verdade são templos religiosos com o nome falso de "igreja". Seus líderes são falsos apóstolos, falsos profetas, falsos pastores e falsos mestres. Muitos estão nas rádios e nas TVs em horários nobres e pelas madrugadas (sessão terror). Escrevem livros, compõem músicas, promovem campanhas, shows e seminários. São negociadores de Deus, comerciantes da fé. Fazem qualquer negócio em busca de carne fresca para cravar os dentes e saciar a sede por sangue.
Estou falando dos indivíduos que usam a fé para enriquecerem à custa alheia e por meios ilícitos. Como vampiros, vivem somente de sugar o dinheiro alheio. A doutrina do dízimo de Malaquias 3:8 serve apenas para aliviar momentaneamente seus apetites. Mal sacia a sede dos vampiros por Mamom. A oferta pela qual os membros de uma religião oferecem ao vampiro o fruto do seu trabalho prova preto no branco, por assim dizer, de que dispuseram livremente de si mesmos. Mas concluído o negócio, descobre-se que eles não eram 'ofertantes livres', que o momento no qual deram como oferta o dinheiro foi o momento no qual foram forçados a ofertá-los, que de fato os vampiros não largarão a presa enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada.
Sejamos totalmente consciente, sóbrios e lúcidos de que a verdadeira religião está firmemente edificada no amor de Deus oferecido a todos gratuitamente através de Jesus Cristo. Que a oferta e o sacrifício que agrada a Deus é o culto que faz uso da razão. E que o amor ao dinheiro é idolatria a Mamom (riquezas), e que não podemos servir a Deus e as riquezas (Mamom).

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." (I João 2:15)